São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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Bebida passa por intermediários

CHRISTIANNE GONZÁLEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SERRINHA

Antes de chegar ao consumidor final por R$ 1 o litro, a cachaça comercializada pela maioria dos pequenos bares e armazéns de Serrinha percorre vários estabelecimentos e pelo menos cerca de 120 quilômetros.
Produzida por um alambique em Amélia Rodrigues (80 km de Salvador), a cachaça suspeita é comprada em grande quantidade por intermediários que distribuem o produto para bares e armazéns instalados no município e em pequenos povoados da zona rural.
Segundo o chefe da Vigilância Sanitária da 12ª Dires (Diretoria Regional de Saúde) em Serrinha, Antonio Jorge Calmon Siqueira, os intermediários adquirem o produto por R$ 0,38 e revendem por R$ 0,60 o litro.
"Pelo seu baixo custo, a cachaça é muito consumida na zona rural por lavradores", disse.
Siqueira disse também que, de um modo geral, a cachaça é vendida em vasilhames de 20 litros para distribuidores e donos de bares e em litros para os consumidores.
O comerciante José Miranda Lopes, 62, disse que os consumidores levam suas próprias garrafas para o bar. "Se eu tiver que engarrafar, o produto fica caro e ninguém compra", disse.

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