São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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Crise apressa acordos salariais de bancários e metalúrgicos

Trabalhadores aceitam reajustes de, no máximo, 5%

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A ameaça de desemprego e as dificuldades em conseguir reajustes acima da inflação, situações agravadas pela crise financeira da semana passada, estão levando bancários e metalúrgicos a apressar a conclusão de acordos salariais.
Ontem, os bancários de São Paulo, em assembléia no início da noite, aprovaram a proposta feita na semana passada pela Febraban, a federação que reúne os bancos.
A proposta prevê reajuste de 5% e participação nos lucros de 80% dos salários mais R$ 300, que será paga em duas parcelas (uma agora e outra em março).
O reajuste não repõe a inflação medida pelo ICV, índice de inflação no qual se baseiam os sindicatos e que ficou em cerca de 7% no acumulado de 12 meses até 1º de outubro, data-base dos bancários.
"Foi uma campanha difícil por causa do medo do desemprego e da pequena inflação, que achatou os reajustes", afirmou Ricardo Berzoini, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Hoje, sindicatos de outros Estados também realizam assembléias para avaliar a proposta. A tendência é que sigam a decisão de São Paulo, que possui um terço dos 488 mil bancários do país.
No sábado, metalúrgicos ligados à Força Sindical aprovaram proposta de dois grupos industriais: esquadrias metálicas e máquinas e equipamentos. Os acordos serão assinados hoje e vão beneficiar 400 mil trabalhadores.
As indústrias de esquadria ofereceram 4% de aumento e uma participação nos resultados que vai variar de acordo com o tamanho da empresa. O setor de máquinas e equipamentos dará 5% em troca da retirada de algumas cláusulas do acordo coletivo.

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