São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Doido para fazer um favor O embaixador Ítalo Zappa, que morreu na terça passada aos 71 anos, foi um dos principais nomes da política externa terceiro-mundista do governo Ernesto Geisel (74-79). No final dos anos 60, ele trabalhou na chefia de gabinete do então ministro das Relações Exteriores, Magalhães Pinto. No primeiro despacho, Zappa levou ao ministro a documentação de transferência de um diplomata da Secretaria de Estado do Itamaraty para a Embaixada do Brasil na França. - Esse funcionário vai para Paris, é?! - perguntou Magalhães Pinto. - Sim. Está tudo certo. É só sr. assinar aqui - respondeu Zappa. - Para Paris?! - questionou de novo o ministro. - É. Está tudo certo, ministro - repetiu Zappa. Após segundos de silêncio, o político mineiro decidiu: - Não assino, não, Zappa! Peça para alguém me pedir para eu assinar isso. Texto Anterior: Arena x MDB; Reação em curso; Efeito Orloff; Humor tucano; Fora do tom; Saída de emergência; Comendo pelas bordas; Senhoras de Santana; Factóides; Não pode vacilar; Boa coisa não é; O Ateneu; Mercado paralelo; Jogo matreiro; Torcida pefelista; Gritaria tucana Próximo Texto: O custo da utopia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |