São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
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Polícia queria provas conta os sócios de Jorgina
CLÁUDIA PIRES
Informações de que a brasileira utilizava o sistema de lavagem de dinheiro do cartel de Cáli também aceleraram as investigações. Segundo a polícia, se Jorgina não se entregasse, teria sido presa em poucos dias. Os últimos passos de Jorgina na Costa Rica foram seguidos atentamente pelos policiais costarriquenhos e brasileiros. O principal informante era o motorista da brasileira, um agente da polícia local. Segundo esse agente, até o local da entrevista concedida à Rede Globo foi monitorado. A entrevista foi gravada em 9 de outubro no hotel Marriott e durou mais de quatro horas. A polícia afirma ter visto a brasileira chegar e sair do local. Segundo os policiais, ela estava disfarçada com um peruca ruiva. Jorgina sabia que o cerco da polícia se fechava e tentou programar novas fugas. A polícia afirma que, a pedido dela, seu apartamento num condomínio foi esvaziado por uma amiga vinda do Rio de Janeiro poucos dias antes de ela se entregar. Tudo o que havia no apartamento foi enviado ao Brasil e interceptado pela Polícia Federal. Nos dias anteriores a sua prisão, Jorgina teria pedido auxílio a grupos nicaraguenses para sair da Costa Rica, mas não quis pagar o valor estipulado. Para a polícia, a quebra do acordo de proteção com os nicaraguenses foi a gota d'água para que a brasileira decidisse se entregar. O casamento com o costarriquenho Lionel Yglesias Amador também foi considerado uma falha pelos policiais. A polícia suspeita que o marido era o principal elo de Jorgina na Costa Rica com o cartel de traficantes de drogas da cidade de Cali. Texto Anterior: Controle remoto Próximo Texto: 'Caso Jorgina' é 1º a recuperar recursos Índice |
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