São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
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Para advogado, governo é maior culpado
DA REPORTAGEM LOCAL Autor do "Livro Negro da Corrupção", o advogado Modesto Carvalhosa diz que o desinteresse pela apuração da corrupção no país começa no governo.Carvalhosa integrou a CEI (Comissão Especial de Investigação), escalada para fazer diagnóstico sobre irregularidades. O grupo atuou durante todo o último ano do governo Itamar Franco, em 1994. No governo de Fernando Henrique Cardoso, o relatório foi arquivado. "Todo o trabalho foi jogado no lixo, sem nenhuma consideração", diz Carvalhosa. DNER Para o advogado, a investigação mapeou a corrupção no país. O DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) foi apontado como um dos principais focos de irregularidades. O órgão, apurou a CEI, sofria forte influência das empreiteiras. O arquivamento do relatório foi feito, segundo o advogado, pelo Ministério da Justiça. "Nada foi aproveitado", afirma. "Parecia que os grandes inimigos do governo éramos nós. Por pouco não fomos punidos." A assessoria do ministério informou que, para atender a um decreto do presidente, ficou com a "guarda" do acervo da CEI. O mesmo decreto, segundo a assessoria, determinou que novas investigações sobre os documentos deveriam ser feitos pela Secretaria Federal de Controle do Ministério da Fazenda. Texto Anterior: 'Caso Jorgina' é 1º a recuperar recursos Próximo Texto: Como ficaram os casos que abalaram o país Índice |
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