São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997 |
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Novos juros encarecem serviços bancários
WALTER WIEGRATZ
Os bancos aumentaram as taxas do cheque especial, cartão de crédito, CDC (Crédito Direto ao Consumidor), crédito pessoal, capital de giro, leasing e descontos de duplicatas. Alguns bancos, no entanto, não aumentaram os juros sobre o cheque especial como foi o caso do Bradesco, Citibank, HSBC Bamerindus, Itaú e Unibanco. Marcelo Zalcberg, diretor de produtos do Unibanco, diz que os aumentos atingem diretamente o bolso dos clientes, mas que ainda é cedo para dizer o que vai acontecer. "A inadimplência não deverá subir exageradamente", diz. Renê Aduan, diretor-geral de negócios do Real, afirma que os clientes devem fugir dos juros do cheque especial. "O cheque especial é um estepe que agora está custando muito caro. O ideal é procurar outros meios de financiamento parcelado com juros mais baixos", afirma. O gerente de mercado da Caixa Econômica Federal, Everaldo Coelho da Silva, é mais radical. "Com a taxa de juros tão alta é bom evitar os empréstimos, principalmente aqueles com taxas pós-fixadas. O melhor negócio agora é poupar", afirma. Na prática, os bancos já contam com dados que apontam a poupança como a melhor aplicação. Décio Tenerello, diretor do Bradesco, diz que a captação líquida da poupança foi de R$ 146 milhões nos primeiros quatro dias úteis de novembro. Esse número é 200% maior do que o registrado no mesmo período de outubro, quando foram captados R$ 48 milhões. Texto Anterior: 'Déficit público cai, mas ainda é elevado' Próximo Texto: Crédito para casa própria não muda Índice |
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