São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997
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Viola à italiana

JUCA KFOURI

A Itália fez por merecer sua classificação num jogo de muita agonia e absoluta superioridade dos tricampeões mundiais, que, como os alemães, são candidatos a dividir com o Brasil o título de campeões do século.
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Do restrito grupo dos campeões mundiais, só o Uruguai não estará na França, o que quase já nem é notícia mais.
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Entre o Atlético-MG e o Santos houve mais que um Mineirão enlouquecido por quase 50 mil torcedores: houve também um time muito mais determinado, o mineiro, e uma liderança técnica e psicológica que o Galo tem na exuberância do veterano Jorginho -a melhor surpresa do campeonato- e que o Peixe não encontrou nem em Zetti nem em Ronaldo nem em Muller.
Daí, quem tinha 10 em campo parecia ter 12, e quem tinha 11 parecia ter 9.
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O Olímpico com pouco mais de 6.000 torcedores foi o palco ideal para o Vasco desfilar sua indiscutível superioridade diante do sem-teto e correto Juventude.
Os cariocas marcaram os mesmos três gols na melhor defesa do campeonato feitos em São Januário na primeira fase, o que dá a medida do poderio vascaíno.
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O momento não podia ser mais inoportuno, mas, em todo caso, trocar a esfinge Sávio pelo futebol de Zé Roberto e pelo empréstimo de Rodrigo é um negócio tão bom para o Flamengo que custa a crer que os espanhóis do Real Madrid estejam mesmo dispostos a fazê-lo.
Aliás, diante de tantas negociações mirabolantes não concretizadas pelos mascates da Gávea, será melhor esperar até ver os dois craques com a camisa rubro-negra e o enigma com a camisa merengue.
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Um time entrou com espírito de decisão no Morumbi, o Inter. O outro entrou muito nervoso, o Palmeiras. Resultado: o primeiro tempo foi mais gaúcho.
Só que Viola, depois de ajudar a defesa como se fosse zagueiro, mudou a história do jogo no começo do segundo tempo. Subiu mais que o goleiro André e completou a festa de um fim-de-semana italiano -justa em Nápoles, nem tanto em São Paulo.
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Fora do Inter, que não teve condições de implantar a continuidade de seu plano de trabalho, João Paulo Medina é disputado agora por Flamengo, Coritiba e Bahia.

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