São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Polêmica pode causar atraso do vestibular
MARTA AVANCINI
A avaliação é da Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares). "Estamos orientando as unidades a darem uma freada nos exames, na definição dos custos e mensalidades para o próximo ano", disse Otávio Tomelin, diretor-executivo da Anup, que reúne 47 universidades em todo o país. Segundo ele, mesmo que as universidades não percam a imunidade a que têm direito, a polêmica que já se criou pode atrasar a programação para 98. "Nessa época do ano, já estamos com as planilhas de custo, os cálculos de valor das mensalidades e as datas de vestibulares definidos", disse Tomelin. Ele estima que a perda da imunidade pode significar um aumento de 20% nas anuidades. A previsão de reajuste das universidades ligadas à Anup para 98 é de 9%. Além de um aumento maior que o previsto das mensalidades no próximo ano, outra consequência da perda da imunidade, se ela realmente ocorrer, deve ser a suspensão dos serviços sociais prestados por universidades e escolas de primeiro e segundo graus. A PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), que é classificada como filantrópica e comunitária, estima que teria de suspender o pagamento das bolsas de estudo, por exemplo. No caso das bolsas de agências financiadoras ligadas ao governo, a PUC adianta o valor aos alunos e o repõe em seu caixa quando recebe o repasse da verba. Este mecanismo teria de ser revisto, informou a universidade. A direção do colégio São Luís, de São Paulo, estima que o corte das imunidades implicaria a suspensão do curso noturno. "Formamos 600 alunos por ano aos quais concedemos bolsa de 95% do custo do curso. Cada um paga cerca de R$ 15 de mensalidade", disse Roberto Prado, diretor-geral adjunto do colégio. (MA) Texto Anterior: Santas casas podem fechar, diz advogado Próximo Texto: Debate sobre magistério acaba em discussão Índice |
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