São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Vítima não descreve sequestradores

DA FOLHA CAMPINAS

A comerciante Cíntia Aparecida Ferraz, 20, libertada na semana passada depois de oito dias de sequestro, prestou depoimento ontem à polícia.
Ela foi sequestrada em Louveira (75 km de São Paulo), no último dia 5, e libertada em São Paulo, no último dia 12.
No depoimento prestado ontem, Cíntia disse não poder identificar os sequestradores e nem mesmo o local do cativeiro, repetindo declaração informal feita no dia de sua libertação.
Cíntia é mulher do comerciante Arnaldo José Mamprim, 22, acionista minoritário da rede de restaurantes Frango Assado.
Ela manteve a versão de que não houve pedido de resgate.
A Folha apurou que houve um pedido de R$ 1 milhão e que a família convenceu os sequestradores de que não tinha o montante exigido por eles e, por isso, Cíntia teria sido liberada sem pagamento de resgate.
Alonso disse ontem que o caso pode ser arquivado por falta de informações.
"Temos um prazo até 6 de dezembro para conseguir pistas. Depois dessa data teremos que entrar com o pedido de prorrogação do prazo de investigação. Esse prazo é de 30 dias", afirmou.
O delegado disse que ainda não tem nenhuma pista dos sequestradores.
"A única coisa de concreto é que ela foi sequestrada e colocada em um Logus branco", afirmou.
Cíntia e sua família têm se recusado a atender à imprensa.
O sequestro
A comerciante estava em um bar com Mamprim no último dia 5. Ela saiu sozinha do local dirigindo o Palio Weekend, carro que pertence a seu marido.
Num acesso à rodovia Anhanguera, Cíntia foi fechada por outro carro.
Os sequestradores desceram, apontaram uma arma para a cabeça de Cíntia, que teve os olhos vendados e foi colocada no banco traseiro de um outro carro.
A comerciante disse não poder identificar o veículo que os sequestradores utilizaram.

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