São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Governo vai mudar sistema de seguro obrigatório para carros

Preço deve subir entre 20% e 30% a partir de janeiro de 99

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo pretende modificar o atual sistema de seguro obrigatório para danos pessoais causados por veículos. A idéia é dar ao consumidor o direito de escolha na hora de fazer o seguro. Hoje, além de obrigatório, só há uma opção.
Pelo sistema atual, os donos de veículos têm de fazer um seguro na época do licenciamento. Isso é realizado por meio de um consórcio de seguradoras, comandado pela Fenaseg (a federação do setor).
Não há opção de preço e valor segurado. Qualquer consumidor pagou, em 97, R$ 37,66 pelo seguro.
Segundo a Folha apurou junto a participantes da reunião do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados), realizada ontem, a idéia e introduzir no Brasil um sistema semelhante ao dos EUA e de países europeus.
O CNSP, vinculado ao Ministério da Fazenda, pretende manter a obrigatoriedade. Os donos de veículos teriam de comprar proteção para garantir indenização na eventualidade de danos pessoais.
A razão do seguro obrigatório é proteger os motoristas e os passageiros envolvidos em acidentes -e não o automóvel. O seguro do carro continuará sendo opcional.
Ficou acertado que o seguro obrigatório ainda vai valer para o ano que vem no formato atual.
Como as seguradoras que participam do DPVAT não querem mais o consórcio, mas o governo ainda não tem pronta a lei com o novo sistema, ficou acertado que haverá um aumento no preço do seguro no ano que vem.
As seguradoras querem um aumento de 20% a 30% sobre o preço atual. Segundo a Folha apurou, o percentual deve ficar em 25% a partir de janeiro.
(FR)

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