São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Fatia menor; Disputa local; Jogando com o juro; Fôlego curto; Questão de preço; Prato feito; Procurando o eixo; Com a língua de fora; Fugindo do risco; Efeito caipirinha; Ressaca na fronteira; De pilha nova; Ainda na UTI; Olho do furacão
DE PILHA NOVA Fatia menorNos cálculos preliminares, a redução da atividade e o aumento na TEC devem fazer cair a participação de importados (que os economistas chamam de coeficiente de penetração) para o patamar de 1995 -de 17,7% para 15,5%. Disputa local Em consequência, passa a existir algum mercado (mesmo que menor) para ser disputado por fabricantes locais. Jogando com o juro Pela primeira vez desde que o "El Niño" financeiro pegou o Brasil no contrapé, o mercado sentiu ontem crescer a demanda por reais -captar em dólar no exterior e aplicar em reais para ganhar a diferença de juros. São operações de curtíssimo prazo, de 30 a 60 dias. Fôlego curto Para os analistas, as operações de curtíssimo prazo de arbitragem de juros servem para minimizar as perdas de reservas, mas não terão força para inverter o cenário. Questão de preço Os bancos projetam que, no máximo, 40% dos eurobônus que vencem até o final do ano serão renovados (em dinheiro aproximadamente US$ 1,3 bilhão). O resto (US$ 1,9 bilhão) será pago. Prato feito A Nutrimental retoma os projetos especiais de patrocínio e prepara o programa alimentar das novas expedições do aventureiro Amyr Klink. Estão previstas duas para o próximo ano. Procurando o eixo "Passamos os primeiros dias meio desorientados. A dose do remédio foi meio cavalar", diz Paulo Butori, do Sindipeças, sobre o pacote. Ele prevê queda de 35% nas vendas de autopeças em novembro, 40% em dezembro, e 25% em janeiro, fevereiro e março. Com a língua de fora Segundo Butori, para cada 1% de queda no volume de vendas, há alta de 2% no custo. "Perdemos competitividade internacional." Fugindo do risco Butori pede regulamentação para o uso de ACCs para os produtores de insumos. "Os bancos não querem assumir o risco. O exportador, co-responsável pelo pagamento, também não." Os ACCs serão debatidos hoje no Sindipeças. Efeito caipirinha A Ford na Argentina suspendeu a produção de Escort por 15 dias por causa da previsão de queda nas exportações para o Brasil. A Renault também reduziu a produção. Ressaca na fronteira Também na Argentina, a Fiat vai fechar portas por cinco semanas a partir de 12 de dezembro. A Transax (da Volks), de autopeças, vai suspender a produção da próxima semana até meados de dezembro. O governo reeditou a MP que garante ao autoprodutor de energia a venda direta para outra indústria, diz Paulo Ludmer, da Abrace. Ainda na UTI Comentário de diretor de banco: "Hoje o país tirou o nariz d'água. Mas continua na pontinha do pé. Qualquer marola e lá vamos nós". Olho do furacão Segundo bancos, como percentagem do PIB, o Proer japonês se assemelha ao tupiniquim. Um analista emenda: "Só mesmo uma crise desse tamanho para tirar o Brasil da periferia e nos colocar no centro dos acontecimentos". E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: Rudiger Dornbusch defende desvalorização de 15% Próximo Texto: FMI já Índice |
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