São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Segurança em pontos turísticos é deficiente

SÉRGIO DÁVILA
DA REDAÇÃO

Acabo de chegar de uma viagem de dez dias pelo Egito, em que visitei os principais pontos turísticos do país, entre eles o templo de Hatshepsut, em Luxor.
A segurança na entrada dos locais é, na maioria das vezes, deficiente. No templo em questão, em que entrei duas sextas-feiras atrás carregando uma mochila, não fui revistado por ninguém nem passei por detectores de metal.
Há barreiras policiais em alguns pontos da estrada que leva até o vale dos Reis e o vale das Rainhas (onde fica o templo de Hatshepsut), na margem esquerda do Nilo, na cidade de Luxor.
Há ainda uma portaria na entrada do vale dos Reis. Mas a fiscalização é displicente -ônibus de turistas, por exemplo, que podem ser facilmente infiltrados por terroristas, são sistematicamente liberados sem revista.
No Museu Egípcio, no Cairo, que sofreu atentado em 1996, passei sem problema pela primeira portaria. Na segunda, o detector de metais disparou o alarme à minha passagem -ninguém ligou.
O único assédio que tive da segurança do museu foi no segundo andar, onde ficam os principais valores da instituição, como a sala das múmias e os tesouros achados na tumba de Tutancamon.
Um guarda me puxou para o canto e pediu 20 libras egípcias (cerca de US$ 7) para me levar até o sarcófago de Ramsés 3º e me deixar fotografar com flash -pelo regulamento do museu, e devido ao dano que isso causa aos objetos antigos, o flash é proibido.
A operação toda é mais eficiente nos hotéis internacionais e nos aeroportos. Então, malas são abertas e passadas pelos menos duas vezes por aparelho de raios-X.
(SD)

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