São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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Vale estréia em leilão para comprar estatal

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A Vale do Rio Doce Energética, empresa criada pela Companhia Vale do Rio Doce para participar das privatizações do setor elétrico brasileiro, estréia hoje, disputando o leilão da Enersul (Empresa Energética do Estado do Mato Grosso do Sul), às 10h, na Bolsa do Rio. A Vale foi vendida este ano.
Cinco empresas ou consórcios deverão disputar o controle da empresa. O preço mínimo da parcela da empresa que irá a leilão será de R$ 340,3 milhões. A disputa será por meio de propostas entregues em envelopes fechados.
Segundo dados divulgados ontem à noite pela CLC (Câmara de Liquidação e Custódia) da Bolsa do Rio, os interessados serão representados no leilão pelas corretoras Primus, Liberal, Itaú, Unibanco e Atlântica.
Quem vencer o leilão de hoje passará a ser dono 76,53% do capital votante da Enersul e de 55,36% do capital total. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá financiar os novos controladores com até 50% do preço mínimo (R$ 170,15 milhões).
O BNDES é o gestor das privatizações federais e assessor das privatizações estaduais brasileiras.
No setor elétrico, além de auxiliar no processo de preparação das estatais para serem vendidas, o banco vem antecipando dinheiro aos governos estaduais. Por exemplo, antecipou R$ 48 milhões ao governo do Mato Grosso do Sul, de novembro de 96 a junho de 97.
Estão pré-qualificadas para disputar o leilão da Enersul 34 empresas nacionais e 10 estrangeiras. A direção da Enersul espera ágio sobre o preço mínimo de até 120%.
Antes do leilão, a Enersul cortou pelo menos 80 cargos de diretoria e reduziu o número de funcionários para 1.476.

Colaborou a Agência Folha, em Campo Grande

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