São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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Cresce morte de mulheres de 30

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de mortes de mulheres entre 30 e 34 anos com Aids aumentou 26% de 1995 para 1996, no Estado de São Paulo. Do total de 1.898 mortas pela doença no ano passado, 458 estavam naquela faixa de idade.
Em todos os anos anteriores, o maior número de mortes ocorria entre mulheres de 25 a 29 anos. As informações foram anunciadas ontem durante divulgação do boletim Mulheres em Dados, um informativo mensal da Fundação Seade. "Nunca tínhamos tido um aumento tão expressivo numa determinada faixa etária", disse a demógrafa Bernadete Waldvogel, que participou da pesquisa.
O crescimento de mortes nessa faixa etária ocorre quando o número de óbitos pela Aids entre homens caiu pela primeira vez: em 96 foram 5.370 contra 5.850 no ano passado. As mortes entre mulheres também vêm caindo, com exceção daquelas entre 30 e 34 anos.
Segundo o Seade, a relação heterossexual é a forma de contágio de maior peso entre as mulheres e a tendência é de aumento. Em 1996, ela foi responsável por 54,26% dos casos femininos de Aids notificados no Estado.
Entre as mulheres infectadas no ano passado, 18,36% pegaram Aids com seringas infectadas no uso de drogas injetáveis.
Entre as mulheres residentes na capital, a Aids foi responsável por 27% dos óbitos femininos na faixa etária de 25 a 34 anos, no ano passado. No interior, esse percentual foi de 20%.
(AB)

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