São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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Gaúcho teme mais a Aids que os assaltos

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A possibilidade de contrair o vírus da Aids é o que mais amedronta a população do Rio Grande do Sul, superando até o medo de ser assaltado, segundo a pesquisa "Os Medos dos Gaúchos".
O levantamento, divulgado ontem, é da empresa Como & Porque, que faz pesquisas de mercado há 15 anos. Foram ouvidas 1.200 pessoas na região metropolitana de Porto Alegre e em outras sete cidades do interior.
Os entrevistados foram questionados sobre segurança, saúde, fobias, obesidade, acidentes, economia, solidão, traição e impotência sexual. O medo de contrair Aids "apavora" 74% dos pesquisados.
Os jovens são os que mais têm medo da Aids, que assusta 91% dos entrevistados na faixa de 14 a 18 anos. Entre os mais velhos (de 46 a 65 anos), o índice foi de 59%.
A pesquisa detectou duas ameaças como segundo maior temor dos gaúchos: o medo de ser assaltado e o medo de queda no padrão de vida, ambos com 71%.
A pesquisa também revelou que o medo da obesidade preocupa mais pessoas (46%) do que o medo da morte (42%).
A hipótese de nova convivência com a inflação atemoriza 67% dos gaúchos, enquanto o medo de perder o emprego afeta 62%. Um percentual maior (72%) teme não conseguir sustentar a família.

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