São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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EUA enviam mais 45 aviões para o golfo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo dos EUA vai despachar mais 45 aviões para a região do golfo Pérsico após avaliar que o sistema de defesa aérea do Iraque está mais ativo agora do que às vésperas da Guerra do Golfo, em 1991.
Os EUA já têm 120 aviões em bases aéreas na Arábia Saudita e no Kuait e outros 150 a bordo dos dois porta-aviões na área no Golfo. Está prevista para hoje a partida de seis caças F-117 Stealth para o Kuait e seis bombardeiros B-52 para a ilha de Diego Garcia. Outros 32 aviões (dois bombardeiros B-1, 15 caças F-15 e 15 caças F-16) estarão em prontidão nos EUA.
Um avião U-2 dos EUA realizou sem incidentes a segunda missão de inspeção de armas no solo iraquiano desde o início da atual crise, há 20 dias. O Iraque vinha ameaçando atacar aviões militares estrangeiros que entrassem em seu espaço aéreo.
O assessor de segurança nacional do presidente Bill Clinton, Sandy Berger, disse que o presidente está convencido de que o impasse não pode perdurar muito mais porque a ausência dos inspetores da ONU por um período prolongado dará a oportunidade para o Iraque reconstituir muitas armas químicas e biológicas.
Berger também tentou explicar a proposta de seu governo de aumentar a quantia de petróleo que o Iraque pode vender no programa "comida por petróleo" patrocinado pela ONU desde o ano de 1994 com o objetivo de aliviar os efeitos do embargo econômico sobre a população iraquiana.
Aparentemente, Clinton se enfureceu com a interpretação de vários meios de comunicação de que os EUA haviam oferecido essa ampliação do "comida por petróleo" em troca da readmissão pelo Iraque dos norte-americanos da comissão de inspeção de armas.
Berger afirmou que os EUA vêm defendendo há muito tempo que o "comida por petróleo" exceda o limite atual de US$ 2 bilhões a cada seis meses e que só depois de o Iraque obedecer a todas as determinações da ONU esse assunto poderá ser novamente encaminhado.

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