São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Myrian Muniz exibe violência de Brecht
ADRIANA MOURA
O texto é resultado de um ano de pesquisas do grupo Mangará, formado por seus alunos de teatro na Funarte. O grupo existe há cinco anos. "Escolhemos textos que falam da violência, sobretudo em relação ao nazismo, e fizemos um trabalho contra a violência, a guerra, a exploração do homem pelo homem", diz Myrian. Ela tem estado pouco presente dentro do palco desde que começou a dar aulas, há 15 anos. Sua última peça foi "Porca Miséria", há dois anos. "Prefiro a direção. Atuar cansa muito. Estou ficando velha e preguiçosa", afirma. Mesmo assim, aceitou convites para a minissérie "Dona Flor e Seus Dois Maridos", da TV Globo, e para o filme "Páscoa em Março", da cineasta Ana Carolina. "Se eu tivesse convites, também faria mais peças. Não estou afastada dos palcos", alerta. Ela define a diferença entre os três veículos: "Na TV, manda o patrocinador; no cinema, manda o diretor; no teatro, manda o ator". Ex-enfermeira, Myrian trocou de profissão quando começou a conviver com gente do teatro. Em pouco tempo, participava de montagens ao lado de nomes como Paulo Autran e Gianfrancesco Guarnieri, que chegou a escrever uma peça para ela, "Pegando Fogo... Lá Fora", em 88. Em sua carreira, Myrian traz marcos importantes. Participou de montagens de "O Inspetor Geral", de Gogol, "A Mandrágora", de Maquiavel, e de "Arena Conta Zumbi" e "Arena Conta Tiradentes", do grupo paulista de oposição ao regime militar. Também esteve na novela "Nino, o Italianinho", da TV Tupi, experiência que não pretende repetir. "É muito chato. Gosto de fazer coisas com começo, meio e fim. Uma novela não termina nunca." O trabalho em "Dona Flor", para ela, foi muito diferente. "Foi ótimo. Gravei em 15 dias, ficou bom, acabou", diz. A minissérie estréia em março de 98. Todas essas experiências da atriz estarão em um livro da escritora Maria Thereza Vargas, que conhece Muniz há 30 anos. O lançamento também deve ser em março, na Funarte. "Ainda não vi o livro, mas tenho total confiança na Maria Thereza e sei que ela fará um bom trabalho", afirma Myrian. Peça: Teatro-Cabaret Brecht Onde: Funarte - Sala Guiomar Novaes (al. Nothmann, 1.058, Campos Elíseos, tel. 011/862-5177) Quando: sexta e sábado, às 21h30, e domingo, às 20h30. Até 21 de dezembro Quanto: R$ 10,00 Texto Anterior: Ator supera diretor em "Balcão" Próximo Texto: Chefs criam menus para o Beaujolais Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |