São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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Viale confirma universalidade da cozinha italiana
JOSIMAR MELO
A cozinha italiana, se não é a mais sofisticada do mundo, é uma das mais universais pelo que tem de simplicidade, sabores e versatilidade. E pela possibilidade de ser produzida e consumida a preços módicos. É isso -aliado ao fato de que São Paulo é uma cidade com forte influência italiana- que tem estimulado o aparecimento de um número cada vez maior de casas como o Viale, recentemente inaugurado no Itaim Bibi. Se ainda se considera que é muito fácil incluir a cozinha italiana no rótulo genérico de "cozinha mediterrânea" (que na verdade é algo bem mais amplo), e portanto parecer estar na moda, então o pacote está completo. Nessa linha é possível fazer um restaurante atraente sem ser sofisticado, de cardápio interessante sem ser rebuscado, e com preços simpáticos. É o que propõe o Viale. Sua decoração imita uma rua italiana, mas apesar da artificialidade é bastante simpático, descontraído, convidativo para quem passa pela rua, para o qual o salão está praticamente aberto. O cardápio é variado, mas descomplicado. Ele se apóia principalmente nos risotos e massas, sendo que os risotos, como as saladas, têm a simpática opção de serem servidos em meia porção, como entrada. Ao lado desses, uma seção de grelhados (carnes, frango e pescados) é proposta com várias opções de molhos e acompanhamentos. O Viale é uma versão simplificada do Limone, restaurante nos Jardins com o qual tem conexões através do sócio Donato Galvez. Sendo que o Viale, um pouco mais despretensioso e de preços mais baratos (tem um cardápio a preço fixo por R$ 8,90), termina sendo uma opção coerente: a cozinha não é um estouro, mas o que se paga tampouco é assustador. Os risotos mais simples são satisfatórios, como o de cogumelos e açafrão, e mesmo o de frutos do mar tem bom sabor, embora alguns crustáceos fora do ponto; outros de apelo mais interessante -como caranguejo com leite de coco e curry- são apenas uma mistura bruta de sabores. As massas mais simples (como ravióli de mozarela de búfalo com molho de tomate e manjericão) também ganham das mais complicadas (como tagliarini negro com salmão defumado). De qualquer forma, ganham dos grelhados -a costela de cordeiro, por exemplo, vem em peças mal escolhidas e muito passadas. Texto Anterior: Charlô Whately serve no Jockey Club de SP Próximo Texto: Surdez clubber é uma realidade; o quê? Hã? Índice |
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