São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997![]() |
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Guarda civil ocupa praça da República Operação visa retirar os camelôs do local ROGÉRIO PANDA; ALEXANDRE COSTA
Na hora em que a GCM chegou, a grande maioria dos camelôs já havia desmontado suas barracas e ido embora. "O Pitta é um ladrão sem-vergonha", gritava a camelô Expedita Rita da Silva, 63, uma das poucas pessoas que ainda estavam na praça. Segundo o comandante da GCM, coronel Wagner Kourrouski, 52, será usado o mesmo método aplicado na praça da Sé (região central). "A praça será limpa e não haverá mais nenhuma barraca aqui." Durante a semana, cerca de 30 homens e seis carros da GCM permanecerão 24 horas na praça para evitar que os camelôs voltem ao local. Os expositores da feira de artesanato da praça da República participam hoje, às 14h, de um encontro com o líder do governo na Câmara, vereador Hanna Garib (PPB). Eles vão tentar garantir a permanência das barracas no local. Na semana passada, o prefeito Celso Pitta anunciou que a feira seria transferida para a praça Roosevelt (região central). O motivo alegado é que a República se tornou ponto de tráfico de drogas e de acúmulo de sujeira. O vereador deverá receber um abaixo-assinado que circulou durante o fim-de-semana entre expositores e visitantes da feira. Os organizadores afirmavam ontem que haviam conseguido mais de 5.000 assinaturas. Também está prevista uma passeata dos expositores que vai sair às 10h da praça da República para a Câmara. Apesar de revoltados, os expositores trabalharam ontem normalmente e não acreditam que a feira acabe. "A cultura de um país não pode terminar", afirmou o artesão Fábio de Oliveira, 36, que trabalha na praça há 12 anos. (ROGÉRIO PANDA e ALEXANDRE COSTA) Texto Anterior: LIVROS JURÍDICOS Próximo Texto: Grupo mantém creche para 200 crianças Índice |
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