São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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Grupo mantém creche para 200 crianças

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários da AGF Brasil Seguros se uniram, há quatro anos, e criaram uma associação beneficente para atender crianças carentes. Hoje, o grupo mantém uma creche para 200 crianças em São Paulo, estendeu o atendimento para as famílias e está criando um centro de formação para 400 adolescentes.
A creche atende crianças de 0 a 6 anos na favela Engenheiro Goulart, na Penha (zona leste). Elas passam o dia desenvolvendo atividades e recebem cinco refeições.
Para montá-la, a associação, que é totalmente desvinculada do grupo AGF, formou parceria com a Prefeitura de São Paulo -por meio da Secretaria da Família e do Bem-Estar Social-, que forneceu o imóvel, as instalações, supervisão técnica e uma verba mensal por aluno.
A entidade cuida da administração da creche e complementa a verba mensal necessária para seu funcionamento.
Segundo Gisele Veloso Vettorazzo, 38, diretora de recursos humanos da AGF e presidente da Associação Beneficente e Assistencial dos Funcionários do Grupo AGF Brasil Seguros, os gastos totais com o programa são de R$ 26 mil mensais.
A associação conta ainda com apoio do Nunadi (Núcleo de Nutrição, Alimentação e Desenvolvimento Infantil) da Secretaria de Estado da Saúde.
O núcleo fornece assistência técnica e científica e traça estudos operacionais para a avaliação da qualidade dos serviços prestados no âmbito psicopedagógico, pediátrico e nutricional.
Durante o desenvolvimento do programa, o grupo percebeu a necessidade de fazer um trabalho de orientação com as famílias das crianças.
"Os alunos saíam da creche limpinhos, tratados e voltavam assados, sujos e com piolhos", conta.
A associação resolveu, então, oferecer a toda a comunidade ao redor da creche um trabalho socioeducacional.
Oficinas de culinária
Várias mães passaram a participar de oficinas de culinária, aprendendo receitas de baixo custo e alto valor calórico. Também foram criadas oficinas com sucata, onde elas aprenderam a fazer brinquedos, objetos e utensílios domésticos para serem comercializados.
"As atividades serviram também para promover uma maior aproximação com as famílias. Passamos a realizar palestras sobre planejamento familiar, alcoolismo, higiene e importância do processo educacional com as famílias", diz Gisele.

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