São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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"Falta de cooperação" da Líbia dificulta a volta de brasileiras

Religiosas foram atacadas por dois homens, diz Itamaraty

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Relações Exteriores informou ontem que a operação de retirada das duas freiras brasileiras agredidas na Líbia foi retardada por "falta de cooperação" do governo líbio.
As freiras, de uma ordem italiana, foram "sequestradas e seviciadas" por dois homens drogados em 12 de novembro, segundo o Itamaraty.
O plano inicial era enviar hoje um avião fretado, da companhia maltesa Mediterranean Aviation, para Al Bayda, onde elas estão.
O avião as levaria a Trípoli (capital da Líbia), de onde seguiriam de carro até a Tunísia. No sábado, viajariam de avião até Roma.
Ontem, segundo o embaixador, o encarregado de negócios brasileiro em Trípoli, José Marcos Nogueira Viana, soube que a permissão para pouso no aeroporto de Al Bayda não havia sido concedida.
O aeroporto é uma base militar, e aeronaves civis necessitam de autorização especial.
O governo brasileiro elaborou uma estratégia alternativa. O avião pousaria em Bengazi, a 120 km de Al Bayda. O bispo de Trípoli providenciaria um carro para levar as freiras até Bengazi.
Mesmo essa opção encontrou resistência, disse Amorim. A empresa de aviação foi instruída a esperar autorização para voar a Bengazi, que possui aeroporto civil.
Para ele, a "falta de cooperação" da Líbia não caracteriza uma crise diplomática. "Pode ser um mal-entendido", declarou.

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