São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Zagueiro se transforma e vira estrela Posição ganha status e gols PAULO COBOS
Faça essa mesma pergunta a um jovem de 20 anos. Junto com Edmundo, Romário e Ronaldinho, certamente estarão nomes como Aldair, André Cruz e Júnior Baiano, todos jogadores de defesa. No passado, os zagueiros brasileiros tinham como função apenas a marcação. Hoje, vários deles são artilheiros de suas equipes e jogam com habilidade de atacante. Só neste Brasileiro, 72 gols foram marcados por zagueiros, um aumento de 60% em relação ao campeonato do ano passado. Gito, do América-RN, e Júnior Baiano, do Flamengo, aliás, já marcaram mais gols que os atacantes de suas equipes. Até nas cobranças de falta, antes especialidade de atacantes e meias, os zagueiros estão se destacando. O próprio Gito, além de Jorge Luís, do Botafogo, e Fábio, do Criciúma, marcaram mais de um gol em cobrança de falta neste campeonato. Essa eficiência no ataque, no entanto, não indica um pior desempenho na sua primeira função, a de marcar. Neste Brasileiro, o número de desarmes dos zagueiros aumentou, em média, 5%. Mesmo marcando melhor, o número de faltas por eles cometidas continua o mesmo. Nenhum dos cinco jogadores mais faltosos do torneio, segundo o Datafolha, é um zagueiro. Como consequência disso, o número de expulsões diminuiu 40% em relação ao ano passado. Um bom desempenho, que desperta o interesse dos grandes clubes europeus pelos zagueiros brasileiros. Só em 97, oito jogadores dessa posição se transferiram para a Europa, se juntando a atletas como Aldair, da Roma, André Cruz, do Milan, e Julio César, do Borussia Dortmund. Texto Anterior: Fogos no Morumbi fazem festa dos adversários Próximo Texto: Beque central agora é educado Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |