São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Depoimentos do Frangogate na Polícia Civil começam hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

Começam hoje e vão até o dia 15 os interrogatórios do inquérito policial do caso Frangogate. Ele investiga o fato de a Prefeitura de São Paulo ter comprado frangos de empresas pertencentes à família do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) por preços supostamente superfaturados.
Os interrogatórios serão conduzidos pelo delegado responsável pelo caso, Arlindo Orsomarzo, e pelo promotor de Justiça Carlos Eduardo Fonseca da Matta.
Hoje, serão ouvidos na sede do Decon (Departamento Estadual de Polícia do Consumidor) os advogados Luiz Flávio Lira, assessor jurídico do Demat (Departamento de Materiais da Prefeitura de São Paulo), e Cláudio Lemos Barbosa, assessor jurídico da Semab (Secretaria do Abastecimento).
Amanhã, depõe o responsável pelos preços da Semab, Marcelo Daura. No dia 4, será a vez do ex-secretário municipal do Abastecimento, Francisco Nieto Martins. No dia 8, vai ser interrogado Maurilio Curi, genro de Maluf e que se apresentou como responsável pela granja Obelisco.
Essa granja vendeu frangos vivos para a A D'Oro, empresa que fornecia coxas e sobrecoxas congeladas à prefeitura.
Os responsáveis pela A D'Oro, Caio Lutfalla e seu pai Fuad, depõem nos dias 9 e 10, respectivamente. Fuad é irmão de Sylvia Maluf, mulher do ex-prefeito e dona da Obelisco.
A mulher de Curi e filha de Maluf, Ligia, está convocada para depor no dia 11. Ela é sócia de sua mãe na Obelisco. No dia 15, devem depor Maluf e Sylvia.
O ex-prefeito Maluf afirma que os preços dos frangos não estavam superfaturados, assim como seu sucessor, Celso Pitta (PPB). Diz também que ele não sabia que empresas de familiares seus estavam fornecendo para a prefeitura.

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