São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Para estatal, comparação é 'impossível'

DA REPORTAGEM LOCAL

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a CDHU diz ser "impossível comparar" os imóveis feitos pelo sistema Chamamento Empresarial com os custos de apartamentos e casas populares feitos em São Paulo pelo atual governo e por outras administrações.
"É aconselhável que as informações sejam mostradas, caso a caso, com todos os seus detalhes, para não gerar entendimento equivocado", afirma nota da CDHU distribuída na última quinta-feira.
A CDHU informou que ela própria opera com quatro programas distintos de habitações populares -o Chamamento Empresarial, a Empreitada Global, o Mutirão e o Habiteto. "Cada um dos programas tem características próprias e, consequentemente, preços relativos", afirma a nota da CDHU.
Para a CDHU, alguns desses programas constroem casas, enquanto outros fazem apartamentos. "Alguns são executados na cidade de São Paulo, outros no interior do Estado. Portanto, é impossível compará-los", diz a CDHU.
Em outra nota distribuída na segunda-feira da semana passada, o presidente da CDHU, Goro Hama, diz que a empresa não "deve entrar no mérito" do valor da aquisição dos terrenos. Para ele, é o mesmo que querer saber "quanto custaram tijolos, portas e janelas" da obra.
"Todos esses custos estão embutidos no valor global com o qual o empresário ganhou a concorrência", afirma Hama.
"Se, por acaso, o empresário, ao elaborar sua proposta, supervaloriza um desses itens, tem de reduzir os custos nos outros itens", diz Hama.
"Para o corpo técnico da CDHU e seus mutuários, o que importa é o valor global da obra e o preço final de cada unidade habitacional. Esse é o ponto mais importante", afirma Hama. "Assim, não deve a CDHU entrar no mérito do valor de aquisição do terreno pela empresa construtora", declara a nota do presidente da CDHU.
"O Chamamento Empresarial é um avanço incontestável na forma de licitar empreendimentos públicos, onde o governo compra unidades habitacionais prontas pelo menor preço ofertado, obedecidos os limites e especificações fixados em concorrência pública". afirma Hama.
O governador Mário Covas não se manifestou sobre os custos dos imóveis construídos pela CDHU durante seu governo.

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