São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Medida não eleva carga, diz Malan

DO ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem que a elevação do IR (Imposto de Renda) cobrado sobre as aplicações de renda fixa não deve dificultar a colocação de títulos públicos federais no mercado financeiro.
"As pessoas estão achando que vai haver uma grande elevação" na carga tributária, disse, sobre o que considera uma avaliação errada. Segundo ele, o acordo em negociação com o Congresso Nacional vai apenas restabelecer a carga tributária cobrada desse tipo de aplicação em 1995.
Questionado se a elevação da alíquota não poderia resultar em fuga para o exterior de recursos hoje aplicados em renda fixa e que depois poderiam ser reinvestidos no Brasil como recursos estrangeiros, o ministro afirmou que isso "faz parte das regras do jogo".
Malan disse também que não vê motivos para que essa medida seja "uma trava" que impeça a redução da taxas de juros no futuro. "Tudo vai depender da percepção do mercado", afirmou.
Embora esteja no Chile participando de um encontro de ministros da Fazenda do Hemisfério Ocidental, Malan se informa das negociações em conversas telefônicas com o secretário-executivo do ministério, Pedro Parente.
Malan não quis comentar as mudanças no corte de incentivos fiscais que estava previsto no pacote fiscal. A questão, diz, será definida no relatório do deputado Roberto Brant (PSDB-MG).
"O presidente deixou claro que é preciso ter um ganho fiscal de R$ 20 bilhões no próximo ano", disse.

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