São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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Europa estará à frente de seis grupos
MÁRIO MAGALHÃES
A Fifa (entidade dirigente do futebol) decidiu que serão europeus seis dos oito cabeças-de-chave -times teoricamente mais fortes que enfrentam equipes mais fracas na primeira fase do Mundial. Se, hoje pela manhã, uma reunião do Comitê Executivo da entidade referendar a posição da comissão de organização da Copa, serão "cabeças" Brasil, Argentina (ambos sul-americanos), França, Alemanha, Espanha, Itália, Holanda e Romênia. A surpresa é a Holanda no lugar da Inglaterra, campeã mundial em 1966. A Confederação Africana reivindicava uma "cabeça" para a Nigéria, campeã olímpica em Atlanta-96, ou Camarões, com mais tradição em Mundiais. Não houve anúncio oficial ontem -ele será feito hoje, às 10h, (horário de Brasília). A possibilidade de uma seleção africana reverter a derrota é o voto de membros do Comitê Executivo que ontem não se pronunciaram. O secretário-geral da Fifa, Joseph Blatter, dissera que o critério seria uma fórmula com peso de 50% para a classificação no ranking da entidade nos últimos três anos e nas três últimas Copas (peso um para 86, dois para 90 e três para 94). A recusa de incluir a Olimpíada no critério prejudicou a Nigéria. Blatter preferiu não se desgastar com países europeus. Ele e o sueco Lennart Johansson disputarão em junho a presidência da Fifa. Poder da Fifa As regras do sorteio dos grupos da Copa dão à Fifa poderes quase absolutos para definir as oito chaves, com quatro seleções em cada. No conteúdo, a sorte terá pequena influência no sorteio de quinta-feira, a partir das 15h55. Critérios políticos, comerciais e esportivos impedirão, na primeira fase do torneio, que as equipes mais fortes se enfrentem, dificultando o esvaziamento da Copa com a eliminação precoce de muitos times tradicionais. Para evitar o confronto de equipes de cada continente no mesmo grupo, a Fifa vai separá-las nos receptáculos onde vai estar o nome das seleções -oito em cada um. Não deve haver grupo com mais de duas equipes européias e nenhum com mais de um time dos outros continentes. LEIA MAIS sobre a Copa-98 no caderno especial "Première-98", que circula nesta edição Texto Anterior: São Paulo faz reclusão para a final Próximo Texto: Diplomatas brasileiros preparam festa pré-sorteio Índice |
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