São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Músico inseriu o violino no jazz

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ter concorrentes de peso, como Joe Venuti e Stuff Smith, Stephane Grappelli é o responsável pela inserção do violino no mundo do jazz.
E fez isso pelo caminho mais difícil. Defensor do suingue, ele explorou as variantes percussivas de um instrumento eminentemente melódico.
Nas mãos de Grappelli, o violino abandona a linearidade e as notas sustentadas por longo tempo, herança da tradição erudita do instrumento.
No lugar disso, entra em cena a síncope, a noção elástica de tempo, o fraseado irregular. Em uma palavra: suingue.
Originalmente um autodidata no piano e no violino -embora tenha estudado no conservatório de Paris entre 1924 e 1928-, Grappelli começou tocando em cinemas e grupos de baile.
Essa situação perdurou até 1933, ano em que o violinista conheceu o guitarrista cigano Django Reinhardt.
Juntos, eles montaram o Hot Club de France, quinteto que brilhou até o começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
Embora tenha gravado com Duke Ellington na década de 50, Grappelli continuou obscuro nos EUA até os anos 70.

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