São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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Dureza capixaba

No arrastão final da votação da reforma administrativa na Câmara, o líder do governo na Casa, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), foi conferir o voto do tucano Marcos Vicente (ES).
Para a sua surpresa, o deputado, que habitualmente vota com o Planalto, passou a se queixar de que o governo só o procurava na hora da necessidade. No resto do tempo, era ignorado.
Distraído, Luís Eduardo comentou:
- Governo é assim mesmo, a gente só consegue alguma coisa quando joga duro.
No dia seguinte, antes da votação da quebra da estabilidade, Vicente procurou o líder, acompanhado de um prefeito. Faltara a todas as votações de terça passada, o que, para o governo, equivalia a votar contra.
- Rapaz, o que é que você fez? - espantou-se Luís Eduardo.
E Marcos Vicente, na maior inocência:
- Ué, você não mandou jogar duro?

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