São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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'Matriculador' ignora computador

FERNANDO ROSSETTI
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A megaoperação montada pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo para iniciar as matrículas informatizadas nas escolas estaduais este ano está enfrentando um problema que não é técnico, mas sim humano.
Para evitar quedas no sistema -que interliga as 6.800 escolas da rede a um computador central- a secretaria reservou 600 linhas telefônicas e dividiu o Estado em quatro regiões- cada uma com horário e data diferentes de matrícula.
No primeiro dia, menos de 10% da capacidade do sistema foi usada. Motivo: o pessoal das escolas está preenchendo fichas à mão e só depois passa os dados para o computador.
"A gente faz treinamento, ensaia, testa o sistema, mas na hora da matrícula o pessoal preenche à mão", afirmou à Folha a secretária da Educação, Rose Neubauer, ontem no Rio, durante o Seminário Internacional de Avaliação Educacional.
"Meu medo é que as escolas deixem para colocar os dados no computador no fim da tarde."
O sistema informatizado impede (teoricamente) que os pais matriculem seus filhos em mais de uma escola -um hábito tradicional. Como todas as crianças de 7 anos recebem, no ato da matrícula, o seu número de RG (Registro Geral), os computadores podem checar se já estão inscritas.
Além disso, através do sistema implantado, os pais podem verificar se há vagas em outras escolas.
(FR)

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