São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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FGV prevê menor déficit comercial

ISABEL CLEMENTE
DA SUCURSAL DO RIO

A esperada desaceleração da economia poderá reduzir o déficit na balança comercial brasileira em 98 à metade, conforme estimativa do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O déficit sairia "dos atuais US$ 10 bilhões, em números redondos, para US$ 5 bi em 98", disse Lauro de Faria, redator-chefe da "Conjuntura Econômica", da FGV.
Essa seria uma das conquistas do pacote fiscal, segundo o Ibre, que reconhece o mérito de as medidas terem ajudado, junto com a aprovação da reforma administrativa, na recuperação da confiança dos investidores estrangeiros.
Mas, para que o déficit em conta corrente realmente caía, é preciso acelerar as minidesvalorizações do real, defende o Ibre.
O ideal, disse Faria, "seria que a desvalorização reduzisse o déficit, atualmente em torno de 4,5% do PIB, para 2%". Um ambiente recessivo, disse ele, oferece baixos riscos de uma volta da inflação.
O pacote também pode falhar ao diminuir a arrecadação do governo devido à recessão, segundo Faria. Ele disse que os juros altos poderão agregar R$ 11 bilhões aos gastos do setor público, o que comprometeria a economia de R$ 20 bilhões calculada pelo governo.

LEIA MAIS sobre pacote fiscal na pág. 2-10

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