São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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Secretaria admite falta de dinheiro

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo reconhece todas as dívidas que o SUS tem com os hospitais conveniados do Estado e afirma que, por falta de dinheiro, não pode fazer muita coisa.
Ontem, na reunião com os representantes dos hospitais conveniados, o secretário José da Silva Guedes se comprometeu a pagar, com seus próprios recursos, os R$ 8 milhões de internações atrasadas dos 62 hospitais que estão se descredenciando.
"Mas a secretaria não tem dinheiro para arcar com mais nada", afirmou a assessora de Guedes, Karla Terra. "O resto foi encaminhado ao Ministério da Saúde."
"Venho demonstrar minha apreensão com as reivindicações das inúmeras instituições beneficentes e filantrópicas prestadoras de serviço de saúde ao SUS (...). As providências reivindicadas escapam à competência da secretaria, as quais, se não adotadas, levarão ao caos na saúde", afirma o texto enviado por Guedes ao ministro.
Os representantes dos hospitais preferiram atacar o ministério. "O secretário tem boa vontade, mas não tem dinheiro. O problema é do ministério", afirmou o presidente do Sindhosp, Dante Montagnana.
"O ministério está com má vontade", disse o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, José Alberto Monteclaro César.
A Folha tentou falar com algum representante do ministério, mas não teve resposta da assessoria de imprensa.
(LM)

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