São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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Brasileiras se recuperam

DA REPORTAGEM LOCAL

As duas freiras brasileiras que foram agredidas na Líbia em 12 de novembro último estão em fase de recuperação na sede da ordem Irmãs Missionárias da Consolatta, à qual pertencem, em Turim, no norte da Itália.
"Elas estão em casa e recebendo os cuidados de que necessitam", disse à Folha a irmã Joselice, também brasileira, por telefone de Turim. Ela não quis dar detalhes sobre a extensão dos danos físicos e sobre o estado emocional das freiras.
"Decidimos encerrar o assunto", afirmou. Segundo a irmã, as freiras pertencentes à ordem trabalham em regiões de conflitos e sabem que estão sujeitas a atos de violência.
"Nosso trabalho é muito próximo da população. Se as pessoas estão expostas à violência, nós também estamos."
A ordem Irmãs Missionárias da Consolatta foi fundada em 1910 e tem cerca de 960 freiras na América, Europa e África.
A Libéria, a Etiópia, a Somália e o ex-Zaire, todos vitimados por conflitos ou guerras, são alguns dos países onde a ordem atua, nas áreas de evangelização, saúde e educação.
As duas freiras, cujas identidades não foram reveladas, têm entre 50 e 60 anos e foram atacadas por dois homens perto da cidade de Al Baida.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, os agressores, que estão presos, estavam sob efeito de drogas. Para as freiras, eles não tinham motivação política ou religiosa.
As religiosas chegaram a Roma na segunda-feira, procedentes da Tunísia. Elas saíram da Líbia de carro, devido ao embargo aéreo imposto ao país pelas Nações Unidas.
Segundo a irmã Joselice, as freiras ainda não decidiram o que fazer no futuro. "Elas precisam descansar", disse.

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