São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997 |
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Para CET, chuva pára tráfego
RODRIGO VERGARA
Para o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego, há várias explicações para o fenômeno, entre as quais os alagamentos causados por bueiros entupidos. Outra explicação importante, segundo ele, é que há mais carros nas ruas quando chove. "As pessoas evitam fazer pequenos percursos a pé e usam o automóvel para tudo." A velocidade dos veículos cai também porque os motoristas ficam mais prudentes, na opinião de Hage. "As pistas ficam mais escorregadias, perigosas, e os motoristas reduzem a velocidade. É bom que façam isso, mas tem um reflexo na lentidão." Mesmo assim, segundo ele, o número de pequenos acidentes aumenta, o que atravanca o trânsito. O presidente da CET isenta de culpa os buracos da cidade no que diz respeito ao aumento de trânsito em dias de chuva. "Buraco atrapalha o trânsito em tempo seco ou chuvoso. Tanto faz." Se os buracos, somados à água, não têm efeito sobre os veículos, o mesmo não se pode dizer da ação dos veículos, mais a água, sobre os buracos. "Chove, a água infiltra nos buracos e vai assoreando, removendo terra, areia e argila de baixo do pavimento. O trânsito passa sobre os buracos e aumenta a desagregação do piso", diz Claudio Amaury Dall'Acqua, presidente do Instituto de Engenharia. Para Dall'Acqua, a água da chuva, simplesmente, não tem efeito nocivo sobre o asfalto, desde que o pavimento esteja bem cuidado, sem fissuras. "São Paulo está com um número muito grande de buracos nas ruas e avenidas. A tendência é a situação agravar-se", disse. (RV) Texto Anterior: Marginal alaga e deixa motorista a 1 km/h Próximo Texto: Preso do trânsito usa blasfêmia como escape Índice |
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