São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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"Cantando na Chuva" reestréia

MARCELO REZENDE

Quase tudo já foi dito de "Cantando na Chuva". Stanley Donen e Gene Kelly são brilhantes, trata-se de um filme que é uma das mais bem acabadas metáforas do próprio cinema e, por fim, é o constante candidato ao lugar de melhor musical da história.
Se existe uma razão única para esse resultado, está -curiosamente- na exigência primeira do que é a dança: o equilíbrio.
"Cantando na Chuva" é então o filme em que tudo se desloca, avança, salta, palpita e descompassa para, em seguida, voltar a posição inicial de graça, constância e autodomínio.
Esse movimento se encontra na coreografia executada por Kelly, Donand O'Connor e Debbie Reynolds, na trajetória de seus personagens -atores em crise pela chegada do cinema falado em Hollywood- ou na drama amorosa que "Cantando na Chuva" oferece (o astro que ama a atriz iniciante).
É, portanto, o filme do humor quase infantil, da aparência que é a mais pura essência e do inegável final feliz.

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