São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Documentário revê 'cineasta da selva'

NAIEF HADDAD

Silvino Santos tinha o que contar aos netos. Nascido em Portugal em 1886, foi o primeiro a filmar a Amazônia com as técnicas aprendidas no laborátorio dos irmãos Lumière em Paris.
"No País das Amazonas", seu primeiro documentário a entrar em cartaz (seu longa de estréia naufragou em uma viagem, o segundo desapareceu nas mãos de um malandro), levou 15 mil pessoas aos cinemas em apenas um fim-de-semana. Santos chegou a navegar 10 mil km para fazer um de seus filmes a bordo de embarcações rudimentares e acertos políticos idem.
Este baita personagem do início do século é tema de outro documentário, "O Cineasta da Selva", de Aurélio Michiles, que estréia hoje. No mínimo, um filme necessário pelo quase inédito resgate histórico -Santos só recebeu uma apagada homenagem em 1969, um ano antes de sua morte.
Além disso, fica evidente que a obra do "cineasta da selva" é mais que consequência dos lucros da borracha. O cinema de Santos se faz de curiosidade, rigor e graça e o mesmo vale sobre o filme que nos dá o prazer de conhecê-lo. (Naief Haddad)

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