São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comida 'errada' prende veranista no banheiro

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O calor e o aumento da umidade desta época do ano são condições favoráveis à multiplicação de microorganismos que contaminam alimentos.
Praias e locais com condições precárias de higiene oferecem ainda mais risco aos veranistas.
A principal dica dos especialistas é que se evitem alimentos de origem duvidosa. Carrinhos, barracas e cestinhas que circulam pelas praias trazem perigo para a saúde.
Os alimentos que inspiram mais cuidado são maionese, bolos e doces recheados com cremes, sucos e batidas feitos com água (ou gelo) não tratada, frutos do mar e alimentos crus.
Restaurantes e bares que tenham recursos como freezer e geladeiras devem ser preferidos. Em casa, todos os alimentos perecíveis devem ser mantidos em geladeira. Proteção contra moscas e outros insetos é fundamental. Sempre que possível, a água deve ser fervida e os alimentos precisam ser aquecidos a uma temperatura superior a 70°C.
Alimentos crus, como verduras e frutas, devem ser muito bem lavados. Soluções com hipoclorito de sódio podem ser empregadas.
Cuidado especial deve ser também tomado na hora de escolher os alimentos em quitandas, mercadinhos, peixarias, açougues e supermercados. Muitos desses estabelecimentos podem não ter os mesmos recursos de manutenção dos produtos que seus equivalentes nas grandes cidades.
Embalagens rasgadas, enferrujadas ou estufadas devem ser desprezadas. Carnes frescas devem ter cor, aparência e cheiro adequados. Peixes e frutos do mar comprados na praia merecem atenção especial. Todo alimento deve estar em local fresco e protegido do sol.
O gastroenterologista e professor convidado do Gastrocentro da Unicamp Schlioma Zaterka explica que os principais sintomas de uma infecção alimentar são náusea, vômitos, mal-estar, diarréia, cólicas e um pouco de febre.
Zaterka diz que esta é a época típica em que os pacientes ligam para seu médico, da praia, contando que estão passando mal porque comeram alguma coisa estragada.
Na maior parte das vezes, os sintomas passam em alguns dias e não exigem cuidados especiais. É preciso descansar do sol, beber muito líquido e adotar uma dieta um pouco mais leve por dois ou três dias. Não é necessário fazer interrimper a alimentação nem usar antibióticos ou antidiarréicos.
Mas, se os sintomas não melhoram ou se ficam muito intensos, um médico deve ser consultado. Crianças e idosos exigem atenção.

Texto Anterior: Acupuntura é parte do cotidiano chinês
Próximo Texto: Saiba mais sobre as doenças transmitidas por alimentos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.