São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grupos levam a uma final continental

Copa tem dois 'corredores'

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado do sorteio dos grupos da Copa de 98, feito na quinta, em Marselha, França, abriu o caminho para mais uma final entre uma seleção européia e outra sul-americana.
Se os favoritismos na primeira fase forem mantidos, Itália, Alemanha, França e Inglaterra correrão por um lado da chave dos playoffs que será formada a partir das oitavas-de-final. Argentina e Brasil irão pelo outro, com seleções européias de tradição mediana, como Espanha e Holanda.
A tabela foi montada com algumas premissas: times que se depararem na primeira fase só podem voltar a jogar de novo na final. Na última Copa, como havia a possibilidade de uma equipe se classificar mesmo tendo ficado em terceiro, era possível um time enfrentar outro duas vezes antes da final.
Isso aconteceu com Brasil e Suécia, que empataram na primeira fase (1 a 1) e jogaram na semifinal, com vitória brasileira por 1 a 0.
Nas oitavas-de-final da Copa-98, enfrentam-se o primeiro lugar de um grupo com o segundo de outro, nos seguintes confrontos: A x B, C x D, E x F e G x H.
A montagem da chave foi concebida também para reunir os primeiros dos Grupos B, C, F e G, de um lado, e os primeiros de A, D, E e H, de outros.
Para qualquer time, é diferença fundamental ser primeiro ou segundo de um grupo -ser terceiro também, pois será eliminado.
Se ficar em primeiro, a equipe joga em um lado da chave de playoff. Se for segundo, segue pelo outro.
A decisão de deixar aberta a possibilidade de uma final entre Brasil e França fez o comitê organizador escolher o Grupo A para os campeões mundiais e o C para a a seleção da casa. Para que o "planejamento" se concretize, elas precisam fazer a parte delas, ou seja, vencer até chegar à final.
O sorteio da Itália para o grupo B, colocou a seleção tricampeã mundial também no lado "de lá".
Essa também é a situação da Alemanha e da Inglaterra.
Argentina e Holanda, por outro lado, são candidatas a se enfrentarem nas quartas-de-final se seguirem ganhando. Quem sair desse confronto disputa a semifinal contra o Brasil ou quem eliminá-lo.
Assim, se o Brasil chegar à semifinal, a maioria dos grandes rivais terá sido dizimada no mata-mata.
Até as semifinais, os maiores adversários do Brasil devem ser Noruega, na primeira fase, Chile ou Áustria, nas oitavas-de-final, e, nas quartas-de-final, Nigéria, Bulgária ou Espanha.
Se a Nigéria ficar em primeiro no Grupo D, a semifinal da Olimpíada de Atlanta pode ser repetida nas quartas-de-final da Copa.
Nas semifinais, o adversário do Brasil, se ele ainda estiver na disputa, deve ser Argentina, Holanda ou, com menor chance, o segundo dos Grupos F, que deve ser Iugoslávia, ou G, que deve ser Romênia ou Colômbia.
Mas, se o Brasil ficar em segundo no Grupo A, todo o cenário muda.
Nas oitavas-de-final, o adversário será o primeiro colocado do Grupo B, que deve ser a Itália.
Caso passe pela "azzurra", vai, nas quartas-de-final, enfrentar o vencedor de 1º C (França, provavelmente) x 2º D (que pode ser a Nigéria, Bulgária ou Espanha).
Nas semifinais, a dificuldade aumenta ainda mais. Nesse caso, Alemanha ou Inglaterra deve estar do outro lado.
Quem sobrar deve chegar bem mais cansado do que o outro finalista, provavelmente a Argentina.

Texto Anterior: Alea jacta est
Próximo Texto: Passado reconhece grupo da Alemanha
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.