São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Deputados divergem sobre acordo

RICARDO BONALUME NETO
DO ENVIADO ESPECIAL A KYOTO

Congressistas norte-americanos reiteraram sua posição de que os países em desenvolvimento também devem assumir compromissos com a redução dos gases que causam o aquecimento global.
Esse países, entretanto, não querem assumir compromissos agora, pois só são responsáveis por um terço das emissões de gases.
"A China e outros países em desenvolvimento devem assumir compromissos", disse o deputado George Brown. "Esses países devem aprender com os erros que os EUA cometeram na sua industrialização", afirmou.
Outro deputado, Ken Calvert, lembrou que os EUA possuem 4% da população da Terra e produzem 22% dos gases, mas também têm 22% da economia mundial. "Nós não devemos pedir desculpa por isso", disse Calvert à Folha.
O deputado James Sensebrenner mostrou-se preocupado com a reação dos eleitores com os custos que resultariam do controle das emissões: "Nenhum de nós vai voltar e dizer aos eleitores que concordamos com algo que cortará empregos".
Já o deputado Henry Waxman mostrou-se favorável a um acordo em Kyoto. Para ele, a indústria norte-americana sempre reclamou quando se preparou legislação ambiental -como o Clean Air Act nos EUA, ou o protocolo de Montreal, que baniu os compostos CFCs que destróem a camada de ozônio protetora da Terra.
Mas agora, diz Waxman, a indústria já se adaptou.

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