São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997 |
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Motim em 1987 tornou Rico famoso Revolta do Exército ameaçou redemocratização LÉO GERCHMANN
Era a primeira administração democrática depois do regime militar que promoveu a "guerra suja" nos anos 70, e Rico ocupava o posto de tenente-coronel. A insatisfação com o tratamento dado pelo governo civil ao Exército o levou a comandar a revolta militar que assustou o continente. A revolta ficou marcada como a primeira em um país que ainda tinha a ditadura militar como uma realidade recente. A redemocratização era incipiente. Desde então, Rico passou a ser considerado uma espécie de liderança direitista na Argentina, orgulhando-se do seu passado como defensor do combate à subversão e ao terrorismo durante o regime militar (76 a 83). Complô Antes de ser eleito (com o apoio de Menem e do governador de Buenos Aires, Eduardo Duhalde) para o cargo que ocupa atualmente, de intendente (prefeito) do município de San Miguel, na Província de Buenos Aires, Rico era deputado nacional pelo Modin (Movimento Dignidade). Pesam sobre Rico e sobre o Modin as acusações de ter participado dos atentados contra a Embaixada de Israel, em 92, e a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 94. O governo Menem não solucionou os dois casos. A acusação, porém, é considerada pelo intendente como uma espécie de complô de seus adversários, ainda hoje insatisfeitos com a sua "luta contra a subversão". Em depoimento à comissão bicameral que ajuda nas investigações do caso, o deputado e ex-capitão Emilio Morello (Modin) chegou a dizer que havia integrantes do partido próximos à Amia, entre eles o próprio Rico. Texto Anterior: 'Ex-terroristas não me perdoam' Próximo Texto: Menem estuda novos indultos e se aproxima dos militares Índice |
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