São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997 |
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Motor traz bom desempenho, mais incomoda em baixo giro
HENRIQUE SKUJIS
As arrancadas -tempo que o carro leva para atingir uma determinada velocidade saindo da imobilidade- foram rápidas, mas as retomadas de velocidade ficaram bem abaixo do esperado. Veja alguns exemplos: para alcançar os 100 km/h, o Civic precisou de 10,87 segundos. O Vectra, em teste feito pela Folha, usou 12,1 segundos. Nas outras quatro medições de arrancadas, o Honda leva vantagem sobre o Chevrolet. Por outro lado, o Vectra, que tem 17 cv a menos que o Civic, vence as sete medições de retomadas: precisou de 5,39 segundos para ir dos 40 km/h aos 80 km/h, enquanto o Civic usou 8,32 segundos. Apesar de o Honda contar com freios antitravamento ABS, as marcas de frenagem não foram tão satisfatórias, principalmente se comparadas às do rival Vectra, que, na versão testada, a GL, nem sequer tinha freios ABS. Quem dirigir o Civic terá poucas queixas a fazer contra o carro. Mas três problemas percebidos pela Folha merecem citação. O primeiro deles é a posição de dirigir. O banco é baixo, sem regulagem de altura, que poderia sanar a imperfeição. Outro senão é a visibilidade traseira, atrapalhada pela larga coluna C, a do vidro traseiro. O motor, apesar do bom desempenho obtido no teste, não é dos mais precisos na cidade. Mesmo com o sistema V-Tec, que controla o tempo da abertura das válvulas conforme a rotação do motor, em baixo giro é preciso saber dosar muito bem a pressão no pedal, senão o carro ou "canta" pneu ou arranca com pouca força. Isso incomoda na cidade, onde o motor trabalha muito em baixa rotação. Mantendo o giro pelo menos acima de 1.500 rpm, o comportamento do carro muda e o motor parece pronto para tudo. Um ponto positivo do novo nacional é o baixo nível de ruído: o reforço no isolamento acústico feito pela Honda no Civic brasileiro tornou-o um dos carros mais silenciosos testados pela Folha. (HS) Texto Anterior: Civic nacional passa em teste "local" Próximo Texto: CARTAS Índice |
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