São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997 |
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Estádio 'separa' negro e branco
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Nos estádios de futebol, no entanto, é possível notar que ele ainda está presente. Se não de forma oficial, pelo menos parece enraizado nos costumes dos torcedores. No estádio Ellis Park, torcedores negros e brancos entravam para ver o jogo por rampas diferentes. Nas arquibancadas, também se agrupavam em turmas distintas. No geral, os brancos, em minoria, juntavam-se de um lado, e os negros, de outro. "É a força do hábito", disse o brasileiro Pio Nogueira, ex-atacante do Juventus (SP), há dez anos no futebol sul-africano. "Ainda hoje, quando a gente vai a um churrasco, é esperar meia hora, e você vê negros de um lado, e brancos, de outro." Nogueira, na época do apartheid, disse ter sido vítima, mais de uma vez, do preconceito racial. "Um dia, fui a uma discoteca e me barraram na entrada. Pelo menos isso hoje acabou. Se fizerem uma coisa dessas, entro com um processo na Justiça." (JCA) Texto Anterior: Zagallo quer só 2 rivais em 98 Próximo Texto: Ovacionada, dupla quer estar na Copa Índice |
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