São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997 |
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China diz que a questão é interna
SÉRGIO MALBERGIER
Até os anos 50, o Tibete buscava o isolamento. No "teto do mundo" (4.000 metros de altitude), tinha sua própria cultura e religião (budismo tibetano). Em termos ocidentais, o desenvolvimento econômico era mínimo. Em 1950, tropas da China comunista invadiram e ocuparam o Tibete. Pequim tentou "modernizar" a região, construindo estradas e minando a autoridade do Dalai Lama (líder político-espiritual). O ressentimento tibetano explodiu em 1959, numa revolta popular em Lhasa (capital). A reação chinesa foi brutal. Bombardeou mosteiros e confiscou propriedades, coletivizando a agricultura e proibindo a prática pública do budismo. O Dalai Lama se refugiou em Dharamsala, na Índia, onde criou um governo no exílio. A Revolução Cultural chinesa intensificou a repressão, abrandada nos anos 80. A política demográfica chinesa fez com que os tibetanos sejam hoje minoria na região -cerca de 6 milhões, contra 7,5 milhões de chineses. (SM) Texto Anterior: Tibetano põe esperança em colapso chinês Próximo Texto: Governo brasileiro aceita posição chinesa Índice |
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