São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997
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OIT pede medidas para evitar crise social nos países da Ásia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu ontem aos governos da Ásia a adoção urgente de medidas para evitar as consequências sociais das crises econômicas dos países asiáticos.
No fechamento do 12º Encontro Regional da OIT, ontem na Tailândia, o diretor-geral da organização, Michel Hansene, afirmou que "a crise econômica, se não for resolvida rapidamente, intensificará o problema do desemprego e prejudicará ainda mais as condições de trabalho".
Segundo ele, as consequências sociais do desemprego podem ser catastróficas devido à pouca proteção social que recebem a maior parte dos trabalhadores dos países asiáticos.
A afirmação foi feita para os delegados de 43 países que participavam do encontro e a representantes de alguns governos da região.
A OIT considera que, apesar do rápido crescimento econômico que os países asiáticos registraram nos últimos anos, com baixas taxas de desemprego, os governos locais têm demonstrado pouco interesse em melhorar as condições de trabalho da população.
"Neste área do mundo não existem benefícios sociais para os desempregados", disse Hansene.
A direção da OIT expressou também preocupação com a possibilidade de a crise econômica proporcionar a expulsão de milhões de imigrantes asiáticos que nos últimos anos fizeram parte da força de trabalho em países como a Tailândia, Malásia e Coréia do Sul.
Desde as primeiras reuniões da OIT sobre a crise asiática, ficou clara a avaliação de que os problemas econômicos irão agravar a situação do trabalho infantil na região do Sudeste Asiático.
"É inevitável que isso ocorra, por isso devemos tratar de convencer os governos locais a não cortar de seus orçamentos os recursos destinados à educação".

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