São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Ela faz as oferendas, ele cuida dos galos

NICIA GUERRIERO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em Bali, homens e mulheres trabalham igualmente nas áreas comerciais e turísticas. No cotidiano, têm funções diferentes, mas não há superioridade de um dos sexos.
A mulher é responsável pelas oferendas, tanto as pequenas, de todos os dias, que são colocadas em vários lugares da casa, como também as oferendas dos festivais -grandes arranjos de frutas, doces e flores. A mulher também deve cuidar da limpeza da casa, das roupas e da comida.
Homens se ocupam com os animais domésticos, principalmente do galo de briga. São responsáveis pelo plantio de arroz, embora todos participem do cultivo, pois as mulheres ajudam na colheita e no beneficiamento.
Feira é coisa de mulher -para comprar ou vender-, e açougue, de homem. Apesar de hinduístas, os balineses comem carne de vaca.
Homens e mulheres dançam, mas só homens tocam o gamelão. Pintura, entalhe e escultura eram atividades masculinas, mas agora são praticadas por todos.
Os chefes de família formam os banjares (conselhos de família), reunindo-se para resolver assuntos da vida comunitária. As mulheres participam somente do PKK, cuja função é aconselhar assuntos de comportamento, como controle de natalidade.
Nos últimos anos, os casais são incentivados a ter no máximo dois filhos, pois a superpopulação é problema em toda a Indonésia.
As crianças estudam de manhã e, à tarde, ficam pelas ruas com suas pipas. Cumprimentam os turistas alegremente. Nas ruas afastadas das cidades, tomam banho nas valas, peladinhas, e pisam nas passarelas de arroz estendido no chão para secar.

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