São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Deve faltar carro 'popular' em janeiro

Previsão é de Sérgio Reze, da Fenabrave

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da queda na venda de veículos no mês passado, que provocou paralisação de linhas de produção e ameaça de demissões em massa, revendedores já prevêem falta de carros nas lojas a partir de janeiro.
"Alguns modelos de carro 'popular', mais procurados pelos consumidores, vão faltar", diz Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, a entidade que reúne os concessionários.
Isso porque, explica Reze, quando a fábrica paralisa a linha de montagem de um veículo, deixa de produzir tanto as versões sofisticadas, mais difíceis de vender, como o modelo básico.
A escassez deve atingir todas as marcas, mas não vai provocar desabastecimento. Os estoques totais, diz Reze, continuarão altos, perto de 107 mil unidades. "Vai aumentar o número de veículos mais caros no estoque."
Reze prevê que o mercado comece a se recuperar em janeiro, tradicionalmente um período de vendas fracas.
Para este mês, Reze espera que os revendedores negociem o mesmo volume de automóveis de novembro, quando houve no varejo (vendas da concessionária para o consumidor) queda de 24,4% em relação a outubro.
Humberto Pereira Carneiro, presidente da Abracaf (associação dos revendedores Fiat) é mais otimista. "O mercado deve crescer cerca de 10% ainda este mês. O pânico está passando."
Carneiro diz que a Fiat deve manter a liderança na venda de automóveis pelo quarto mês consecutivo e ficar com cerca de 31% do mercado em dezembro.
Números preliminares fornecidos pelos fabricantes parecem dar razão ao presidente da Abracaf. Registram alta de 13,2% nas vendas nos dez primeiros dias de dezembro, em relação ao mesmo período de novembro.
O estoque está em queda. A Ford, por exemplo, conseguiu reduzir em 4.000 unidades o encalhe da marca.

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