São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Tática leva polícia a intensificar ações

DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar assaltos praticados com a tática da batida, a Polícia Civil tem intensificado o policiamento em várias regiões da cidade.
Toda noite, sete carros do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e nove da 3ª Delegacia de Roubos do Depatri patrulham os locais mais comuns de atuação da gangue.
"A polícia tem que se adapatar a cada nova modalidade de crime que surge", disse o delegado Godofredo Bittencourt Filho, do Depatri.
"Agora, um carro com dois homens e uma mulher dentro é sempre parado para revista. E, quando uma viatura vê uma pequena batida de trânsito, os policiais descem para ver o que ocorreu", afirmou o delegado Édson Soares, da 3ª Delegacia de Roubos.
Os dois delegados não têm um balanço fechado do número de abordagens policiais feitas até agora. Na última operação bloqueio, anteontem, foram vistoriados 358 veículos -não apenas suspeitos de integrar a gangue.
Nos últimos quinze dias, a prioridade da Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio) é prender o grupo de ladrões que atacou diversas mulheres desde outubro com a tática da batida.
"Nós estamos fazendo policiamento ostensivo devido à gravidade do caso, mas a principal arma da Polícia Civil é a investigação", afirmou Soares.
Os policias têm três linhas de investigação principais para chegar aos integrantes do bando, que são mantidas em sigilo.
"Já posso dizer que estamos próximos de capturá-los", disse Soares.
Ontem de manhã, três investigadores do Depatri foram a Francisco Morato (Grande São Paulo) com um mandado judicial para revistar uma casa na qual, segundo informações apuradas pela polícia, os integrantes da gangue poderiam estar.
No local, acabaram prendendo o assaltante de bancos Mário Moreno, 42, condenado a 47 anos de prisão, que estava foragido. Com Moreno, os policiais apreenderam uma metralhadora e uma pistola.

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