São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Campinas tem três 'ataques' num mesmo dia

DA FOLHA CAMPINAS

Três casos de batidas a carros seguidas de roubo foram registrados em um mesmo dia em Campinas (99 km de São Paulo).
Os assaltos, semelhantes aos realizados pela suposta "gangue da batida" de São Paulo, aconteceram em um período de menos de duas horas no último domingo.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) começou a investigar ontem se pode existir na cidade uma quadrilha especializada nesse tipo de ação. Ainda não há pistas dos assaltantes.
Assim como em São Paulo, os assaltantes provocam um acidente para que a vítima, ao sair do carro, possa ser dominada e sequestrada.
O delegado do setor de furtos e roubos de veículos da DIG, José Roberto Andrade, disse que vai se pronunciar apenas quando analisar os boletins de ocorrência. O delegado disse que, por enquanto, não dá para saber se há uma "gangue da batida" agindo na cidade.
O primeiro crime aconteceu por volta das 18h30 de domingo. A pedagoga Lúcia Martins de Oliveira, 44, e sua prima, a professora Filomena Maria de Jesus Souza, 36, estavam na estrada velha de Indaiatuba com um Versailles quando foram fechadas por um Fusca branco com dois homens.
A dupla desceu do carro e colocou as duas mulheres no porta-malas. Os assaltantes exigiram que as mulheres revelassem a senha de seus cartões bancários. Lúcia levou coronhadas nos braços.
A pedagoga disse que ficou tão nervosa que esqueceu os números da senha. Os assaltantes levaram o dinheiro que as mulheres tinham na carteira -R$ 290.
Ao deixar as duas mulheres, os homens levaram o Versailles e, segundo a polícia, provocaram uma nova batida.
A vítima foi Kleber Shimiti Nishimaru, 18. Ele estava com o Fiat Uno na mesma estrada de Indaiatuba. Nishimaru foi fechado pelo Versailles roubado da pedagoga e por um outro carro, que ele não conseguiu identificar.
Ele e seu primo César Tsukada, 20, foram rendidos. Foram deixados em frente à escola Bradesco. O carro ainda não foi localizado. Os assaltantes levaram R$ 20.
O estudante afirma, porém, que essa foi a segunda vez que sofreu um ataque da "gangue da batida".
Há 30 dias, Nishimaru fazia um contorno para entrar na rodovia Santos Dummont quando um Voyage bateu em sua traseira.
"Quando fui checar o carro, eles me abordaram e o levaram", afirmou. Segundo o estudante, o veículo foi encontrado no mesmo dia.
O terceiro caso foi registrado às 20h. Duas mulheres foram abordadas por dois homens no centro de Campinas. Os nomes não foram divulgados. Elas foram mantidas como reféns por duas horas. Os assaltantes levaram o carro, cartões bancários e objetos pessoais.

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