São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Franco e seis diretores decidem taxa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Às 16h30 de hoje, o presidente do BC e do Compom, Gustavo Franco, abrirá a reunião mensal que decidirá a taxa de juros de janeiro.
A reunião do Compom (Comitê de Política Monetária) costuma durar entre duas e três horas e dela participam seis diretores do BC, que têm direito a voto, e quatro chefes de departamento, cuja função é fornecer informações para a decisão.
O primeiro a falar é o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, que apresenta um relatório de mais ou menos 50 páginas sobre a economia brasileira.
Lopes apresenta o atual nível de atividade, as perspectivas de crescimento da economia, a balança comercial e o déficit público.
A exposição de Lopes dura mais ou menos uma hora, e a palavra é passada para a chefe do Departamento de Operações das Reservas Internacionais do BC, Maria do Socorro Costa de Carvalho, que fala pouco menos de uma hora.
Ela fornece um panorama da economia mundial, com especial atenção para a Ásia, a Alemanha e os Estados Unidos. Também faz um relato sobre o fluxo de dólares para o país e os níveis das reservas em moeda estrangeira do BC.
Depois, o chefe do Departamento de Operações Bancárias do BC, Luís Gustavo da Matta Machado, faz uma rápida exposição sobre a quantidade de dinheiro e títulos que os bancos têm em carteira.
Por fim, o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do BC, Eduardo Nakao, relata as expectativas do mercado financeiro sobre as taxas de juros.
Findas as exposições, o diretor de Política Econômica do BC, Francisco Lopes, faz um balanço dos indicadores mais importantes e propõe uma taxa de juros, fornecendo sua expectativa de crescimento da economia.
Franco abre o debate, que costuma ser relativamente rápido, e começa a votação. Quando há empate, Franco tem direito a votar uma segunda vez.

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