São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Boicote é prejudicial, diz aluna

MARIANA SGARIONI
DA AGÊNCIA FOLHA

A estudante de direito da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) Karina Ferreira de Souza, 24, diz considerar que a nota tirada pelo curso no provão foi consequência do boicote dos alunos.
Segundo ela, os melhores alunos do curso não fizeram a prova, atendendo a orientação do Diretório Central dos Estudantes da universidade.
"Nós acreditamos que o provão queira criar centros de excelência, que receberiam mais verbas do governo. Quem tirar nota baixa, vai acabar sendo privatizado", afirmou a estudante.
Para a estudante, a avaliação do exame não corresponde à realidade do nível de ensino da universidade.
"Nossa faculdade pode não ser a melhor, mas também não é das piores", disse.
Professores competentes
Patrícia Carla Barbosa, 23, também do curso de direito, concorda. "A universidade é boa, só o acervo é ruim. Temos professores muito competentes."
Ao contrário da colega, Patrícia não aderiu ao boicote e fez o exame do Ministério da Educação.
Mas não quis revelar a nota que tirou no exame. Ela só afirma que tirou "acima de sete".
"Esse boicote só prejudicou a imagem da universidade e do Estado de Alagoas. Eu fiz questão de fazer a prova, pois era a única chance que tinha de provar que era competente", disse a estudante.

Texto Anterior: AL pode ficar sem direito e administração
Próximo Texto: MEC quer visitar todas as escolas em 98
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.