São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Sessões extras dão mais de R$ 20 mil a cada deputado

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Até o último dia 17, a Assembléia Legislativa paulista realizou 101 sessões extras para discutir e aprovar projetos. Cada deputado ganhou R$ 20.200 pelas sessões -R$ 200 cada uma.
Além desse salário extra, cada deputado ganha R$ 6.000 por mês. Em 97, ganharam 15 salários. Há ainda verba de R$ 10 mil mensal para despesas extras.
As sessões extras da Assembléia têm aumentado nos últimos três anos -foram 53 em 95, e 82 em 96. Coincidentemente, isso tem ocorrido no período em que o PSDB ganhou o governo paulista e a Assembléia.
Em 94, último ano do governo de Luiz Antonio Fleury Filho, então no PMDB, foram 59 sessões extras. O número de sessões ordinárias -cumprimento normal da pauta legislativa- vem caindo nos últimos anos.
Neste ano legislativo, além das 101 sessões extras, a Assembléia foi convocada extraordinariamente. Sua primeira reunião aconteceu anteontem -o encerramento de seus trabalhos estava previsto para ontem.
Cada deputado ganhou R$ 6.000 extras. As principais decisões foram a aprovação de aumento do ICMS de 17% para 18% e de emenda que anula dívidas de empresas do ICMS.
Nessa última votação, a bancada governista se dividiu. O PSDB votou contra, junto com PT, PSB, PC do B e PDT. Os outros partidos governistas -PMDB, PFL (com exceção de um voto) e PTB- foram a favor.
O presidente da Assembléia, Paulo Kobayashi (PSDB), não quis falar sobre as sessões extras.

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